Lateral admite que em alguns momentos foi merecedor das vaias da torcida e diz: ‘Sempre quis continuar aqui’

Foi-se o tempo em que, para vencer, o Flamengo dependia, quase que exclusivamente, dos laterais. Léo Moura soube modificar o estilo de jogar e novamente passou a ser preponderante no esquema tático. Juan, no entanto, ainda capenga.

Se em 2007 e 2008 o jogador foi uma das principais peças do time no Campeonato Brasileiro, na trajetória que pode terminar no título, tem participação discreta. Ficou fora do time cerca de dois meses por causa de uma operação no joelho e quando voltou não se encontrou. Em alguns jogos, chegou a ser vaiado pela torcida.

- Ficaria chateado se fosse implicância comigo. Mas não é. Todo mundo que joga mal é vaiado. Eu sei que fui merecedor das cobranças em alguns momentos e, mesmo vaiado, sempre quis continuar aqui – disse o lateral, que no último domingo completou 200 jogos pelo clube.

Desde 2006 na Gávea, Juan, volta e meia, precisa vir a público desmentir uma transferência. Recentemente, o colocaram no Corinthians. A diretoria não tem interesse em se desfazer do jogador, até porque o clube detém apenas 25% dos direitos econômicos dele.
- Não lucraríamos quase nada, e o Juan é um jogador muito importante – afirmou o vice-presidente de futebol Marcos Braz.

Mas nem sempre foi assim. Quando estreou, ele conviveu com as vaias e foi parar no banco de reservas.

- Demorei a entender o Fla. Sofri na pele para aprender e depois foi muito prazeroso. Esse clube me proporcionou a chance de chegar à seleção brasileira, o meu grande sonho.

Neste domingo, ao lado dos companheiros, Juan tem a chance de pôr fim a uma fila de 17 anos sem título do Flamengo no Brasileiro. Basta vencer o Grêmio, às 17h (de Brasília), no Maracanã.

0 comentários

Postar um comentário