Atriz foi encontrada morta nesta quinta (3) em São Paulo

Leila Lopes amava ser fotografada ou filmada. Tinha a certeza de que havia nascido para estar diante das câmeras. Em eventos, sorria para repórteres, fotógrafos e cinegrafistas. Era sempre atenciosa, consciente de que a posição de estrela tão sonhada estava atrelada a eles.

A atriz foi encontrada morta, na manhã desta quinta-feira (3), em seu apartamento no Morumbi, bairro nobre de São Paulo. A polícia trabalha com a hipótese de suicídio.

Em junho de 2008, quando lançou seu primeiro filme pornô, Pecados & Tentações, na locadora de vídeos eróticos Butt Seller's, na avenida São João, região central de São Paulo, os olhos dela brilhavam ao ver reconquistada a fama perdida. Nem que fosse por aquele momento.

Dias antes, havia ido ao Programa do Jô (Globo) e estava se sentindo privilegiada. “O Jô me tratou como se eu fosse uma global”, disse, como uma menina que havia ganhado um bom presente de Natal.

Leila não assumiu o pornô. Afirmava que havia feito um filme artístico, “com história”. Mesmo diante dos gatos pingados que compareceram ao lançamento, ela não se abateu. Manteve sorrisos e pose de diva para as câmeras e disse que aceitaria um novo convite da Playboy, que nunca veio, assim como seu prometido programa sobre sexo na TV paga. Como diva, também não assumiu sua idade. Só na morte seus 50 anos vividos foram descobertos.

Leila gostava de ser vista. Era figura frequente em estreias teatrais e até se arriscou como DJ em festas jovens nos últimos tempos. Sem pai, mãe ou filho, Leila dizia que usaria o dinheiro do filme pornô para ir ao médico, quando precisasse, na velhice. Tinha pavor de depender da saúde pública.

Ela também tinha seu grande amor. O ex-marido Jean Batista Fronterotta, com quem viveu por sete anos até a separação, em 2007. Dizia que um dia voltaria para os braços daquele homem.

Outro desejo seu que não será atendido era ver reprisadas novamente as novelas O Rei do Gado e Renascer, que a catapultaram à fama. Na primeira, viveu uma amante que apanhava do gigolô, na segunda, a ingênua professorinha Lu que encantou o Brasil, país que hoje se dá conta que não deu a devida atenção a essa menina chamada Leila, que só tinha o sonho de ser estrela.

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